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Data driven: como tomar decisões baseadas em dados

Por Sara Cristine 21 de setembro de 2021 8 min de leitura

Quais lições você extraiu da última data comemorativa? Você costuma tomar decisões baseadas em dados ou apenas segue as tendências? Infelizmente, parece que essa cultura não está bem enraizada em nós brasileiros.

Já ouviu aquele ditado: “Os números não mentem!”? Então, é sobre isso. Até mesmo quem está começando a investir em campanhas de marketing e pensar em datas comemorativas agora, precisa partir de algum ponto. Precisa ter noção de dados.

“Ah, mas não preciso de dados se eu conheço bem o mercado”

Precisa, sim. Sabe aqueles sites que costumam ficar fora do ar em datas super movimentadas do comércio eletrônico? Pode parecer que não, mas isso acontece por falta de olhar e interpretar dados. Se olhassem para o quanto de acessos a loja recebeu nas últimas datas, fariam uma estimativa mais próxima da realidade, mesmo que fosse para “chutar alto”.

Neste artigo você vai aprender a importância de tomar decisões baseadas em dados e como tomá-las, como determinar metas realistas e como criar uma cultura voltada para dados em sua empresa. Vem comigo!

Boa leitura!

Qual é a importância de tomar decisões baseadas em dados?

No exemplo que dei no começo deste artigo, você pode notar como os dados fizeram falta. Extrair e  interpretar dados e posteriormente tomar decisões não é algo que está na moda. Veja a importância deles:

Atingir o público certo

Ao olharmos para os dados que nossas redes sociais, e-mails, sites e afins geram, teremos informações mais apuradas sobre o público.

Dessa forma, nossos investimentos não vão por água abaixo por não comunicar com o público certo. Imagina você investir um alto valor em uma campanha cujo o público não tem nada a ver com a empresa?

Se você quiser, também pode ver esse conteúdo com mais detalhes em nossa live com especialistas da Octadesk, Etus e Rocky:

 

Criar conteúdo relevante

O público e conteúdo estão bem ligados. Se você entende através de dados que o seu público é X, você não vai perder tempo criando conteúdo Y, certo?

Além de tempo e investimento, você afasta cada vez mais o público ideal com conteúdos equivocados. Certa vez participei de uma palestra em que o diretor de marketing comentou o seguinte:

“Quando iniciamos a campanha para divulgar a empresa, contratamos influencers e divulgamos cupons de desconto em tudo quanto é lugar. Os resultados foram fracos, até que resolvemos estudar o público. Percebemos que eram mulheres maduras, que estavam em um nível acima na carreira e sequer pensavam em cupons para economizar. Quando mudamos a estratégia de divulgação, passamos a colher os frutos.”

Deu dá pra entender porque os dados norteiam a empresa, né?

Otimizar a experiência do usuário

A nossa navegação em sites, aplicativos etc deixam dados importantes para as empresas. Por exemplo, imagine que você recebeu uma reclamação sobre a localização do botão “Comprar” quando a pessoa clica no produto. Até aí, não quer dizer nada.

Mas depois de um tempo você começa a receber uma enxurrada de comentários dos usuários falando sobre a mesma coisa. Opa! Isso já se tornou um dado e agora é necessário olhar mais atentamente para ele.

Pode ser que você não aplique todos os feedbacks d os clientes e usuários, mesmo assim, através de dados você conseguirá priorizar o que vai servir para oferecer uma experiência melhor. Quem é responsável por isso? Os dados, claro.

Melhorar a qualidade do atendimento

Uma pesquisa de NPS, em que o usuário dá uma nota para o atendimento é essencial hoje em dia. Com ela, você tem dados para melhorar a qualidade do atendimento.

Sabemos que um simples atendimento pode ser responsável pelo sucesso ou fracasso de uma empresa. Por isso, ter dados sobre esse tema é questão de sobrevivência.

Aumentar o ROI

O famoso ROI, retorno sobre o investimento é fruto do quê? Sim, dos dados. Olhar o quanto investimos e o quanto temos de retorno nada mais é do que trabalhar com dados.

Aliás, quando se fala em dados, o ROI deve ser a principal métrica a ser usada. Quando temos o ROI como aliado das nossas estratégias, podemos corrigir erros, ajustar campanhas e evitar muitos desastres que não seriam evitados se não tivéssemos nenhum tipo de dado.

Às vezes, nosso ROI não é satisfatório porque não está baseado em uma meta realista. Mas como determinar metas realistas?

Como determinar metas realistas?

Sabe aquela meta pessoal de ler 100 livros por ano? É claro que tem gente que consegue, mas na maioria das vezes, essa meta é baseada em achismos.

Ainda falando de livros, a meta ideal seria baseada no quanto você consegue ler em um mês. Depois, multiplica-se por 12. É claro que a pessoa deve levar em consideração seus hábitos de férias, por exemplo. Ela conseguiria manter o mesmo ritmo mesmo em época de férias?

Seguem algumas dicas:

  • Tenha um objetivo claro: não basta dizer que seu objetivo é vender mais. Estabeleça uma meta, mas tenha clareza ao defini-la. Por exemplo: “quero vender 15% a mais que o ano anterior”;
  • Analise os resultados anteriores: todas as campanhas e eventos anteriores podem dizer muito sobre os rumos futuros. Cada data comercial passada pode trazer um aprendizado para você. Por isso, documente bem o que foi feito e os resultados obtidos;
  • Crie um plano de ação: para que o seu objetivo seja alcançado, você precisa definir de forma clara o que será feito;
  • Mensure resultados ao longo do caminho: é necessário verificar o andamento dos números que levarão sua empresa à meta. Dessa forma, você consegue verificar se algo pode ser feito para melhorar antes que chegue o dia do evento;
  • Estabeleça datas para ajustar essas metas: é normal criarmos metas não muito realistas. Se você é marinheiro de primeira viagem, deve ajustá-las de acordo com a sua realidade;
  • Teste um público menor: se você ainda não fez uma grande campanha para datas comemorativas, uma boa ideia é começar fazendo uma pré-campanha, porém com um público menor. Isso te ajuda a ter mais assertividade quando a hora “oficial” chegar;
  • Crie diferentes cenários: e se de repente sua campanha funcionar tanto a ponto de trazer 10.000 atendimentos na Black Friday, por exemplo? E se não der certo? Pense nos cenários em que você atinge, ultrapassa ou não chega nem perto das metas. Como você vai se preparar para esses diferentes cenários?

Ok, você já sabe como criar suas metas. Mas depois será necessário tomar decisões baseadas em dados que colher. Como colocar isso em prática?

Como tomar decisões baseadas em dados?

O primeiro passo para analisar os KPIs (ou Key Performance Indicator, que significa indicador chave de desempenho). Ou seja, são eles que irão direcionar a empresa a partir de objetivos definidos.

O segundo passo está nas ferramentas que você utiliza, pois elas também geram dados interessantes, por exemplo, Google Analytics, Data Studio, gestão de redes sociais, sistema de atendimento, Reclame Aqui… São ferramentas que vão te dar insights e te ajudar a tomar decisões.

Por exemplo, você viu no Google Analytics que as pessoas estão ficando pouquíssimo tempo em suas páginas. O que isso pode significar? Talvez, elas tenham pesquisado alguma coisa no Google e encontrado outra quando acessaram o site.

A partir disso, você deve pesquisar no Google Search Console quais são as palavras-chave que estão levando tráfego para seu site. Se as palavras fazem realmente sentido com o seu negócio, continue testando outras hipóteses.

O terceiro passo é inserir a cultura data-driven na empresa, ou seja, uma cultura voltada aos dados, onde as pessoas os utilizam para tomar decisões. Assim, você vai definir todas as ações com base nos números já disponíveis no mercado do segmento, nos dados da empresa já disponíveis em ferramentas que sua empresa utiliza e nos dados coletados por outras ações anteriores já aplicadas.

Como criar um cultura data-driven?

A cultura onde todos da empresa se importam, respiram e vivem os dados é essencial para tomar melhores decisões de negócio.

Mas como criar essa cultura do zero?

  • Primeiro estruture de onde vai tirar esses dados. Todas as pessoas envolvidas têm fácil acesso a esses dados?
  • Depois, ensine as pessoas como extrair e analisar esses dados que são relevantes para o negócio;
  • Por fim, desafie os times a se basearem sempre em dados, estimule conversas com essa finalidade. Afinal, opinião sem dados é só um achismo.

Talvez você encontre alguma resistência, mas não desista. Contra dados não há opiniões!

Um conselho final: tome decisões baseadas em dados

Sabe aquela série nova que aparece no catálogo da Netflix? Ela não foi simplesmente jogada lá para ver no que dá. Com base no tempo e no quê as pessoas assistem, é que novos conteúdos são inseridos. Ou seja, eles são todos baseados em dados.

Viu só como os dados estão presentes em tudo? Até mesmo em nosso entretenimento! Por isso, não dá para fugir de ter uma cultura onde os dados são o nosso guia, não é mesmo?

Espero que você aplique essa cultura em sua empresa e tenha resultados incríveis em suas campanhas de datas comemorativas e todo o resto!

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Escrito por

Criadora de Conteúdo aqui na Octadesk, conselheira nas horas vagas e eterna estudante. Amante dos livros, culinária, voluntariado e tecnologia. Vamos bater um papo? Mande um e-mail pra mim: sara.cristine@octadesk.com

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