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Eficiência operacional: como o cenário econômico obriga os negócios a serem eficientes

Por Mahara Scholz 9 de março de 2023 5 min de leitura

Vivemos no momento um cenário econômico que desafia todos os setores do mercado. A eficiência operacional passa a ser a principal corda de salvamento, já que é preciso fazer mais com menos, otimizar recursos,  e se provar rentável.

Quando falamos sobre o conceito de eficiência, ele se relaciona com a habilidade de atingir níveis operacionais de excelência, ao mesmo tempo em que os custos são reduzidos. É uma estratégia para ter o melhor rendimento de trabalho com o mínimo de erros e gastos, sem diminuir a qualidade ou impactar negativamente a oferta de serviços e produtos.

Entretanto, garantir a eficiência é muito mais complexo do que parece. Um dos principais motivos é que, há pelo menos 10 anos, estávamos em um cenário de abundância, com bons investimentos em diversas áreas.

Então a pandemia chegou, pedindo a transformação das empresas. Depois dela, as organizações se veem diante de um cenário diferente, precisando viver na escassez e ainda se destacar da concorrência.

Cenário pós-pandemia

A pandemia da covid-19 causou incertezas e pessimismo para uma parcela considerável dos empresários brasileiros. Alguns empreendimentos, por outro lado, apresentaram ótimos índices de crescimento e conseguiram aprender com o momento para desenvolver expertise e diferencial diante dos concorrentes.

Mesmo assim, ainda hoje existem situações que geram dificuldades para o avanço dos negócios, independentemente do segmento de atuação. Uma saída para a crise tem sido a eficiência operacional, um conceito que tem se popularizado cada vez mais entre as empresas.

Mas antes de avançar sobre o assunto, é fundamental compreender a realidade atual do Brasil e do mundo nessa fase pós-pandêmica. Veja a seguir!

Empresas infladas

Uma das principais consequências da pandemia foi a restrição econômica de diversos aspectos.

Algumas empresas, como as de tecnologia, contrataram muitos profissionais durante a pandemia, sobretudo devido ao aumento da demanda por serviços digitais. Na época, a expectativa era que essa demanda continuasse alta.

Mas a realidade de hoje são companhias com demanda normalizada e com muitos funcionários ociosos. Além disso, a alta da inflação, a escassez de matéria-prima e insumos, e o aumento do dólar, inviabilizaram o avanço de muitos negócios.

Recessão global

Diante da desaceleração da economia mundial, existem fortes indícios de uma nova recessão global: aumento dos juros americanos, guerra, falência de empresas… Ainda que de baixa magnitude, a recessão traz uma série de prejuízos, já que provoca paralisação nos investimentos e no comércio como um todo, abalando a confiança de empresários e consumidores.

Guerras

A guerra entre Rússia e Ucrânia acendeu um alerta vermelho em diversos países, principalmente europeus. Isso porque os efeitos em cascata do embate estão gerando uma grave crise, levando ao aumento nos custos de produção, energia, alimentos e fornecimento de matéria-prima na Europa, mas também em outros continentes.

Restrição de investimentos em startups

No primeiro semestre de 2022, o investimento em startups brasileiras sofreu uma queda de 44%, de acordo com dados do HUB Cerrado. A situação gerou demissões em massa e instabilidade no mercado. Isso porque grande parte dos investidores estão dando preferência por operações em companhias com caixas mais sustentáveis, que prezam pelo crescimento saudável e eficiente, ao contrário do crescimento exponencial (e a qualquer custo) das startups.

Mudança de recompensa das empresas

No mundo pré-pandemia, o dinheiro estava “barato”: os investimentos eram mais fáceis de serem conseguidos, o apetite pelo risco era maior e muitos estavam dispostos a conseguir grandes retornos nesse momento.

Mas depois da pandemia, os acionistas, investidores e consumidores estão dando preferência para empresas que buscam crescer de maneira mais saudável, ao contrário das companhias que visam crescer a qualquer custo.

Para ser recompensada pelo mercado e ter mais lucro, é preciso ter caixa e focar em desenvolver produtos e serviços que realmente gerem valor. Isso faz a eficiência ser uma necessidade em todos os negócios.

As vantagens da eficiência operacional para os negócios

Diante de uma crise global no mundo pós-pandemia, a eficiência operacional se tornou a principal alternativa dos empresários para sobreviverem.

Como citamos anteriormente, o conceito tem uma forte relação com a inovação, fazendo com que os empreendedores desenvolvam estratégias para atingirem um diferencial competitivo e garantirem o aumento da lucratividade.

Na prática, a eficiência operacional é uma maneira de otimizar os processos e produzir produtos e serviços com o menor custo possível. Mas isso não quer dizer que a qualidade da produção do bens tenha que sofrer impactos negativos para gerar mais lucro. Pelo contrário: é preciso saber equilibrar a balança.

Veja, a seguir, quais são os principais benefícios que a eficiência operacional oferece para as empresas!

Aumento na performance dos colaboradores

A eficiência está diretamente relacionada com o aumento do desempenho e produtividade da equipe, uma vez que os processos são otimizados para se tornarem mais velozes e resolverem os problemas de forma eficaz. Além disso, a estratégia de melhorar a eficiência operacional minimiza os erros e as chances de retrabalho.

Outro ponto importante é que a mudança de perspectiva para o crescimento também torna a equipe mais motivada para atuar em prol dos objetivos da empresa. Um time engajado representa um importante fator para a diferenciação do negócio.

Melhor aproveitamento dos recursos

A possibilidade de reduzir os gastos, sem diminuir a qualidade nas operações, é outra vantagem que a eficiência oferece para os negócios. Quando a gestão atua para eliminar desperdícios, o capital que “sobra” pode ser investido em setores mais estratégicos, tendo um melhor aproveitamento dos recursos já existentes.

Prevenção de erros

Uma característica essencial da eficiência operacional é a identificação de processos que podem ser melhorados para prevenir e eliminar erros. A automação de tarefas, por exemplo, auxilia diretamente nesse sentido, já que o trabalho humano pode comprometer a qualidade dos produtos e serviços.

A partir de operações automatizadas, a empresa reduz erros e impede que custos dessa natureza afetem o avanço do negócio. Até mesmo os colaboradores têm a oportunidade de rever suas práticas e adotar ações mais estratégicas no dia a dia, tendo uma rotina que minimiza erros frequentes nas mais diferentes tarefas.

A busca por eficiência operacional representa, hoje, uma das principais prioridades dos gestores que desejam manter bons resultados. Para atingir esse patamar, no entanto, é preciso mapear os processos e identificar quais são as melhorias que podem ser colocadas em prática para tornar a companhia mais eficiente.

Hoje, a tecnologia tem sido adotada como aliada, oferecendo soluções diretamente relacionadas à conquista da eficiência operacional, por exemplo.

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Escrito por

Formada em Administração de Negócios pela UDESC, e com especialização em Marketing pela ESPM, Mahara é apaixonada por fornecer conhecimento, sucesso e propriedade às equipes voltadas para o cliente.

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